O câncer de testículo exige uma tomada de consciência dos homens logo cedo sobre a própria saúde, especialmente porque vai atingir mais os adultos jovens.
Vamos entender quais são os sintomas de câncer no testículo, diagnóstico e abordagem de tratamento que pode ser escolhida pelo urologista.
Quais os sintomas de câncer de testículo?
O tumor no testículo deve inspirar cuidados dos pais que têm filhos jovens e adolescentes porque é considerado o principal tipo de câncer de órgão sólido nos homens jovens. A faixa etária mais comum para essa doença é dos 15 aos 45 anos.
Normalmente, outros tipos de cânceres, como o de próstata e rim, são mais incidentes quando os homens têm acima de 50 anos.
Pais devem estar atentos e ter diálogo com os filhos a respeito dessa consciência sobre uma medida simples: o autoexame dos testículos. A realização deste exame pode revelar um caroço no testículo ou alterações que permitem despertar a atenção para uma providencial consulta ao médico.
Muitas vezes, por vergonha ou desconhecimento, o jovem não comunica certos sintomas do corpo e, assim, perde a oportunidade de diagnosticar uma doença ainda na fase inicial, quando os tratamentos podem levar a uma cura total.
Por isso, o primeiro cuidado é conhecer o próprio corpo e perceber quando há alguma alteração. Entre os sintomas de câncer de testículo, o surgimento de um nódulo indolor ou um aumento do volume da região com endurecimento são sinais que merecem atenção.
Apesar de temida e bastante incômoda, a dor nos testículos não costuma representar um câncer e pode aparecer por causas diversas.
Câncer de testículo: causas
Uma das principais causas para o aparecimento de um câncer de testículos é a criptorquidia, que é quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal. Na embriogênese, os testículos nascem na região abdominal e à medida que o embrião vai sendo formado, as estruturas migram para a bolsa escrotal.
Mas há outras a saber:
Histórico de câncer de testículo na família;
Histórico pessoal de câncer de testículo;
Exposição a agrotóxicos;
Subfertilidade e infertilidade;
Ser da raça branca também revela mais predisposição, o risco de ter câncer de testículo para homens brancos é cinco vezes maior que para homens negros.
Câncer de testículo tem cura?
Ao perceber alterações na região testicular por meio de um exame físico, o urologista complementa o diagnóstico do câncer de testículo com um ultrassom doppler, que vai revelar lesões homogêneas ou heterogêneas.
Além disso, o urologista também vai contar com resultados de exames laboratoriais, os chamados marcadores tumorais. São três substâncias (alfafetoproteína, Beta-HCG e LDH) que quando estão em doses elevadas na corrente sanguínea podem alertar para um câncer, e até definir o tipo histológico.
Uma vez definido o diagnóstico, é importante estadiar a doença. A tomografia abdominal e de tórax auxilia no estudo da situação do problema naquele momento, e é imprescindível para traçar as estratégias de tratamento.
Tratamentos para câncer de testículo
Não é incomum que muitos pacientes tenha a dúvida se câncer de testículo pode matar.
O tumor testicular é considerado um tipo de câncer que tem baixa incidência e risco de mortalidade.
Embora tenha baixos níveis de mortalidade, o câncer de testículo tem crescimento rápido, podendo gerar metástases, que podem levar a desdobramentos desde prejuízo da fertilidade masculina até a morte.
Depois de diagnosticado e verificado o estágio da doença, o urologista indicará a orquiectomia radical, que é um procedimento cirúrgico para a retirada completa do testículo.
A cirurgia, que consiste em uma incisão inguinal próxima da virilha, é o primeiro tratamento realizado para extinção da doença, especialmente quando o câncer está confinado ao testículo.
O tratamento com uma multimodalidade de procedimentos é muito comumente utilizado nos casos mais agressivos, com excelente resposta. A quimioterapia em poucas doses é um importante aliado ao tratamento inicial, e será realizada numa parcela específica de pacientes. Além disso, para o manejo adequado do câncer de testículo, a dissecção de linfonodos retroperitoneais é necessária quando a doença atinge o sistema linfático (popularmente conhecido como “inguas”) especialmente nos pacientes com resposta parcial à quimioterapia.
Cuidado constante
O paciente precisa ter consciência que, após a cirurgia, deverá continuar se cuidando. Por isso, vai precisar ser monitorado pelo resto da vida, com consultas periódicas e exames constantes indicados pelo urologista.
Então, desde cedo é importante que os homens façam como as mulheres que, ainda na adolescência, começam a frequentar um ginecologista. O equivalente para os homens é o urologista, que vai conhecer as melhores abordagens terapêuticas para a saúde masculina.
Lembre-se que a consulta médica não deve ser substituída por nenhuma informação escrita.
Para agendamento, entre em contato:
Dr. Humberto Montoro
Instituto de Urologia de Maceió
(82) 3241 - 3000
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